Começo de carreira
Em 1987, o então adolescente paulistano de
apenas 17 anos de idade Alexandre Magno se mudou para Santos, litoral
de São Paulo, após uma infância difícil e traumática. Era mais conhecido pelo
apelido de Chorão, passou a se interessar pela prática do skate. Um dia,
em um bar local, substituiu por acaso o vocalista de uma banda, quando o mesmo
precisou se ausentar devido a necessidades fisiológicas. Uma pessoa da plateia,
ao vê-lo cantar, convidou-o para ser vocalista em sua banda. Quando o baixista
da referida banda saiu, Chorão veio a conhecer Champignon, o novo
baixista, uma criança de apenas 12 anos na época, formaram então a banda What's
Up. Tempos depois, Chorão e Champignon decidiram convidar o baterista Renato
Pelado, egresso de bandas da cidade como Ecossistema, Jornal do Brasil, entre
outros projetos. Mais tarde, Marcão e Thiago Castanho completaram
a primeira formação da banda Charlie Brown Jr. A banda, ainda sem nome,
continuou a se apresentar na cidade. "Fundei e batizei a banda com esse
nome em 92. Foi uma coisa inusitada. Trombei (literalmente) com uma barraca
de água de coco que tinha o desenho do Charlie Brown, aquele
personagem do Charles Schulz, mais conhecido por ser o dono do Snoopy. E
o "Jr" é pelo fato de sermos filhos do rock", se explica Chorão
pelo fato de a banda se considerar "filha" de uma geração de músicos
e bandas como Raimundos, Nirvana, Red Hot Chili Peppers, Nação
Zumbi, e Planet Hemp. A sonoridade do grupo tinha influências de grupos
como Sublime, Bad Brains, 311, misturando hardcore, skate e reggae O
vocalista da banda, Chorão, é skatista, chegando a figurar nas melhores
posições do ranking de diversos campeonatos brasileiros, e costuma
apresentar-se nos shows em cima de um skate. Por volta de 1993, já
com esta formação da banda, eles começaram a tocar no circuito underground de
Santos e São Paulo e a fazer shows em vários eventos de skate. As primeiras
apresentações do quinteto aconteceram em Santos e São Paulo, especialmente em
campeonatos de skate.
Uma fita demo foi entregue a Rick
Bonadio, presidente da Virgin Records no Brasil e produtor
dos Mamonas Assassinas, que se interessou pelo grupo e os contratou. De
uma demo de três faixas surge o primeiro disco do CBJr, produzido por Tadeu
Patolla e Rick Bonadio com o selo da Virgin. Nasce então o álbum Transpiração
Contínua Prolongada, tem esse nome por realmente retratar tudo que a galera
passou para chegar onde chegaram. O álbum foi produzido por Tadeu Patola (ex-Lagoa
66), o álbum é bem recebido pelas rádios com as faixas "O Coro Vai
Comê!", "Proibida pra Mim (Grazon)", "Tudo que Ela Gosta de
Escutar" e "Gimme o Anel", vendendo 500 mil cópias. Na época, o
baixista Champignon era menor. Consequentemente, sempre que a banda se
apresentava em casas noturnas, era necessária uma autorização judicial
para que o jovem baixista acompanhasse o grupo.
Repercussão comercial
De 1999 a 2006,
a canção "Te Levar" foi tema do seriado Malhação, da Rede Globo, fazendo com que a banda abrangesse seu trabalho às
mais diferentes classes sociais. Com sua propagação na mídia, a banda ganhou
vários prêmios e chegou assim, por várias vezes, ao topo de grandes rádios
espalhadas pelo país...Em 1999, após a estreia promissora, o grupo voltou com Preço
Curto... Prazo Longo, composto por 25 canções inéditas, entre
elas "Confisco", "Zóio de Lula", "Te Levar", "O Preço"
e "Não Deixe o Mar te Engolir", que sedimentaram a boa recepção da
banda e garantiram sua presença nas rádios.
Pouco antes de entrar no estúdio para gravar o terceiro álbum, o grupo passou
por uma forte crise interna, causada pelas brigas entre Chorão e Champignon, que quase encerrou a carreira.
Apesar
das dificuldades, a evolução da fórmula hip hop/reggae/hardcore continuou em Nadando com
os Tubarões, lançado em 2000,
cujos destaques foram as faixas "Rubão - O Dono do Mundo" e "Não
é Sério". O disco marcava a entrada de DJ Anderson Faria como acompanhante
fixo da banda e revelava uma aproximação com o rap paulistano, explícita em
"A Banca", com participação do grupo RZO.
No fim do ano, o Charlie Brown Jr. decidiu, junto com outras bandas, não
participar do Rock in Rio - Por um Mundo Melhor por discordar do tratamento dispensado
às bandas nacionais.
No fim de 2000, o
guitarrista Thiago Castanho deixa o grupo, alegando divergências pessoais. No
mesmo ano, porém, a banda vence oVideo Music Brasil, levando o prêmio
"Escolha da Audiência" pelo clipe de "Rubão". Como um
quarteto, o Charlie Brown Jr. assinou com aEMI para lançar 100% Charlie
Brown Jr. (Abalando a sua Fábrica) no final do ano, com canções
totalmente inéditas. As faixas de maior destaque foram "Hoje eu Acordei
Feliz" e "Lugar ao Sol". Em abril de 2002,
uma apresentação da banda no Rio de
Janeiro acabou em
tumulto generalizado. Devido a uma briga, os integrantes da banda saíram do
palco antes do previsto,
causando revolta na plateia. Lojas e lanchonetes do parque Terra Encantada
foram depredadas. Não houve feridos graves. O
título do quinto álbum, Bocas Ordinárias, se apropriou de
uma expressão lusitana, devido ao sucesso do grupo em apresentações realizadas
em Portugal.
A fusão de hardcore, rap e reggae gerou novos hits como
"Papo Reto (Prazer é Sexo, O Resto é Negócio)" e "Só por uma
Noite", "Bocas Ordinárias, Guerrilha!" e "Somos Poucos Mas
Somos Loucos", além de uma versão de "Baader-Meinhof Blues", da Legião Urbana.Integrantes:
Vocalista e
um dos fundadores do Charlie Brown Jr., está na banda desde 1992 e é o único que
sempre permaneceu em todas as formações da banda. Seu verdadeiro nome
é Alexandre Magno Abrão, mas o apelido de
Chorão vem do skate.
Certo dia, ele viu os amigos andando de skate, e um deles passou por ele e,
para sacaneá-lo, dizia "não chora!", já que Chorão ainda não sabia
andar. Após ter aprendido o esporte, o vocalista participou de várias
competições, chegando ao vice-campeonato paulista, e acabou ficando com o
apelido.
Guitarrista,
Thiago Castanho entrou no Charlie Brown Jr., em 1994 e, depois de
tocar nos três primeiros discos, se desligou da banda em 2001. Antes de voltar
e assumir definitivamente as guitarras do Charlie Brown Jr. no ano de 2005, Thiago montou o
estúdio Digital Grooves em Santos, SP,
cursou administração de empresas durante
seis meses e gravou um Acústico MTV com a banda Ira!. Thiago também fez
parte da banda Aliados. Apesar da volta de Marcão, continua
sendo o principal responsável pelos solos de guitarra, assim como era há vários
anos, quando ainda existia a dupla na banda.
Entrou no Charlie Brown Jr em 1992 gravou 7 discos com a banda, saiu da
banda em 2005,
com o resto da antiga formação e retornou em2011, durante um show no Viradão
Carioca. Estará presente no lançamento do CD e DVD "Música Popular Caiçara".
Baixista,
Heitor Gomes é filho do contra-baixista brasileiro Chico Gomes. Heitor sempre
teve o incentivo de seu pai para tocar, e apesar de ser um dos integrantes mais
novos do Charlie Brown Jr., tendo entrado na banda em 2005, tem experiência
musical de longa data.
Baterista, entrou na banda no ano de 2008 e toca desde os
12 anos. Antes de entrar no Charlie Brown Jr. tocou em outras bandas, como
Pipeline e O Surto. Tocou também com o baixista Heitor Gomes na banda Fusion.
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